Abordagens Preliminares sobre o Sítio Arqueológico XIII, Complexo Megalítico Rego da Murta, Alvaiázere, Distrito de Leiria, Portugal

Alexandra Águeda de Figueiredo, Keyla Maria Ribeiro Frazão, Cláudio Monteiro, Anderson Tognoli, Daivisson Santos

O presente artigo tem por objetivo apresentar os dados registados do sítio arqueológico XIII, localizado no Complexo Megalítico Rego da Murta, concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, Portugal. O Complexo Megalítico Rego da Murta integra um espaço de cerca de 1km2, registando um conjunto de vestígios e estruturas arquitetónicas formadas a partir de rochas calcárias, onde são possíveis observar necrópoles, ações de culto, rituais e/ou celebrações, com cronologias que se prolongam do Neolítico final à Idade do Bronze. Neste mesmo complexo registam-se outros sítios arqueológicos de cronologias posteriores, nomeadamente o Monumento X de Rego da Murta, da época clássica (FIGUEIREDO, 2004a) escavado em 2003, localizado a cerca de 80 metros, a sul, da Anta II de Rego da Murta. Os trabalhos de arqueologia do sítio XIII de Rego da Murta, integrados no projeto de acrónimo MEDICE, pretendiam, entre outros objetivos, entender o estado de preservação do local; verificar as ações e rituais associados; perceber a sua funcionalidade e praxis; examinar O sítio XIII, reconhecido aquando das intervenções arqueológicas da Anta II de Rego da Murta, apresentava à superfície um conjunto de artefactos líticos compostos por pequenas lascas e conexões com os outros locais registados; e integrá-lo no quadro cronológico-ocupacional do Complexo Megalítico de Rego da Murta. As ações intrusivas revelaram materiais líticos e cerâmicos, dispersos em redor de afloramentos rochosos, ambos distribuídos por 3 (três) camadas, sendo que a mais recente (camada 1) possui artefactos que a integram na época clássica e a camada anterior (camada 2) regista elementos que podem ser colocados na pré-história recente. Os estudos realizados até o momento não forneceram dados indicativos de ações antrópicas ou estruturas pretéritas associadas ao fenómeno megalítico. No entanto os vestígios registados da ocupação da camada 2 são coetâneos desse período.