MITOS E LENDAS RURAIS E URBANAS DE MOÇAMBIQUE (UM MANANCIAL INESGOTÁVEL)

Marco Valente, Ana Valente

Após um primeiro artigo dado à estampa em Dezembro de 2019, no qual apresentávamos um trabalho independente e pro bono de recolha, a ser efectuado desde Janeiro de 2018, fomos observando que as temáticas que se nos apresentavam em cada história, a cada passo dos momentos de recolhas multiplicavam-se, continuando a ser de uma riqueza inexcedível. Observávamos que estas histórias influenciavam os escritores e demais artistas Moçambicanos, uma vez que as mesmas eram inerentes à sua própria Identidade, seguindo as metamorfoses próprias de um contínuo registo oral ancestral. Nesse primeiro artigo abordamos as seguintes temáticas: O Fantasma que apanha boleia, Guira (fenómenos luminosos), N’Pogore (fios esbranquiçados), Chipoko / Chipokwo (sombras e silhuetas humanóides), Anapaches e Tokoloshes (anões maléficos), Djin / Jeny / Geny (Génios, demónios criados por Deus) e Figuras Míticas (Saidi Rahman, Gungunhana, Mahambaetu / Mahambaeti, Gigantes Ancestrais). No presente artigo abordamos agora algumas temáticas mais, tais como: Locais Sagrados (lagoas, árvores, túmulos), Figuras Míticas (Homens Pássaros, Os Niaus), Locais de Passagem, Feiticeiros e suas metamorfoses e finalmente Fenómenos Aparentemente Inexplicáveis (Luminosos, Batuques Fantasma). Será muito natural que outras temáticas surjam no decorrer deste esforço conjunto e pro bono de todos os participantes comprometidos com estes desígnios, convém referir.